Ambientalistas de Brasília estão em alerta. A recente consulta pública aberta pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Habitação (SEDUH) sobre o futuro do Setor Habitacional Dom Bosco tem gerado debates entre especialistas e a população local. O ponto central da discussão é a proposta de manter determinadas áreas de baixo adensamento populacional isentas de parcelamento do solo para fins urbanos.
O Estudo Territorial Urbanístico (ETU 03/2024), elaborado pela SEDUH, identifica regiões específicas do Setor Habitacional Dom Bosco que devem ser protegidas contra a “urbanização”. Estas áreas de baixo adensamento populacional são consideradas cruciais para a manutenção do equilíbrio ecológico da região devendo ser preservadas. Essas áreas abrigam ecossistemas frágeis, cuja ocupação pode resultar em perda de biodiversidade, poluição de recursos hídricos e erosão do solo.
O crescimento populacional pode gerar diversos problemas sociais e ambientais na região reconhecida pela alta qualidade de vida. A preservação dessas áreas é essencial para garantir espaços verdes e áreas de lazer, promovendo um ambiente saudável e sustentável para a comunidade.
Pode-se buscar alternativas viáveis para o parcelamento de terrenos em áreas que já possuem infraestrutura adequada. Uma dessas opções é o início do Lago Sul, próximo à mansão do governador que tanto se interessa em aumentar o adensamento da população do DF. Essa região apresenta capacidade de suporte para novos empreendimentos habitacionais, sem comprometer o parque que é usado para lazer e contemplação da natureza.
Um representante do Ecotrabalhismo afirma "É fundamental que nossas vozes sejam ouvidas. Precisamos expressar nosso apoio à preservação das áreas de baixo adensamento populacional do Parque da Ermida Dom Bosco".
Para participar da consulta pública, os interessados devem acessar o site da SEDUH para orientações e acesso ao estudo. As sugestões podem ser enviadas no e-mail sudec@seduh.df.gov.br ou codir@seduh.df.gov.br. A participação da comunidade é vista como essencial para garantir que as decisões tomadas reflitam a preocupação com a proteção ambiental e o bem-estar dos moradores. "A preservação do que resta do Parque da Ermida Dom Bosco é uma responsabilidade de todos nós. Cada ação conta, e juntos podemos garantir um futuro sustentável para Brasília", ressaltou um dos fundadores do movimento.
A participação ativa da comunidade, é fundamental para assegurar a preservação das áreas ambientalmente relevantes e promover um desenvolvimento urbano sustentável.
Escrito por: Rafael M. Borges - Ms. Eng. Agrônomo
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